agosto 31, 2008

Espelho, espelho meu...


Esta foto me encantou ao primeiro olhar. A combinação da cômoda de madeira, do espelho veneziano, das flores, dos livros e porta-retratos me fez sentir acolhida.

Eu venho “namorando” a idéia de ter um espelho faz tempo, desde que coloquei aquele já comentado móvel antigo com tampo de mármore na minha sala. Acima do móvel, fica uma parede hoje branca e vazia e, como ele funciona como aparador, acho que ficaria legal dispor um espelho sobre ele, mas não consegui definir um modelo ideal.

Já pensei em usar um espelho redondo, simples, bisotado. Seria o contraponto entre um móvel de época e um espelho de visual limpo, contemporâneo. Clean.

Mas quando vi esta foto do espelho veneziano sobre a cômoda, fiquei tentada a usar um sobre o móvel da minha sala.

Aí, comecei a viajar: pensei em colocar um cor mais intensa na parede ao fundo do móvel, como berinjela, o que daria destaque ao móvel e ao espelho e combinaria com o rosa do mármore.

Mas fica o medo de enjoar da cor, do espelho, de sobrecarregar o ambiente... Ô vida! Meu lado “conservador” acaba me deixando indecisa!

Procurando mais informações sobre os tais espelhos venezianos, descobri que eles voltaram com força total no mundo do design de interiores, desde o ano passado. Eles foram vistos em vários eventos do ramo, como o Casa Cor 2007, em projetos de vários decoradores renomados. E a versatilidade foi a palavra-chave: os venezianos aparecem em banheiros, salas, quartos, em móveis e objetos e até nas áreas externas.

Enquanto não decido, deixo aqui algumas imagens obtidas na busca e sou toda ouvidos para sugestões! ;-)



Fotos: Revista Viver Bem, Absolutely Beautiful Things, Casa da Chris

agosto 28, 2008

Minha história com o Cardamomo


Gente, preciso dizer que eu não conhecia o cardamomo, uma plantinha da família do gengibre, nativa das florestas úmidas da Índia, do Sri Lanka, da Malásia e de Sumatra, muito usada como tempero - caro por sinal! Para mim, um tempero desconhecido até pouco tempo.

Ele já foi Rei no Colher de Tacho, e foi nesse universo cyber que eu descobri sua existência, porém eu nunca tinha visto ou experimentado até que, no aniversário de uma amiga, fui apresentada à plantinha. rs

Explico: esta amiga é dona de um restaurante muito bacana daqui do Rio e o chef que elaborou o cardápio estava no aniversário dela, pois são muito amigos. Devidamente apresentados, o papo de culinária foi loooonge, tagarelamos horas a fio sobre tudo! Até que eu comentei com ele a minha revolta por não conhecer o cardamomo. Ele não se fez de rogado: foi até a cozinha e, para minha total surpresa e deleite, voltou de lá com uma cápsula, envolvida por uma casca fininha, clara, repleta de sementinhas negras, grudadinhas.

Gente, que aroma é aquele? Que mágica há naquelas sementinhas que, como por encanto, fizeram meu olfato sentir o cheiro de um oriente distante, de um exótico e desconhecido mundo que se revelava num perfume único. Começou aí minha história de amor com o cardamomo. Acreditem, eu embrulhei aquela cápsula num guardanapo com todo o cuidado e levei pra casa! Não quis saber! Tinha que experimentar - e logo!

No dia seguinte, preparei um frango ensopado, confort food mesmo, rapidinho, básico, na minha adorada panela de pedra, e coloquei algumas sementinhas (3, eu acho) do cardamomo. Ficou diferente de tudo o que eu já tinha experimentado antes. E o perfume foi longe... Dizem que uma sementinha no café faz toda a diferença. ;-)

O ensopadinho levou meio peito de frango, 2 batatas grandes picadas, uma cenoura pequena em cubinhos, uma cebola pequena, alho, dois tomates pelados, sal e pimenta, 3 sementinha de cardamomo. Aqueci um fio de óleo na panela, dourei bem o frango (mas parece que ele não pegou cor!) e em seguida acrescentei a cebola e o alho, deixando dourar também. Coloquei os tomates picadinhos e as batatas, envolvendo para pergar o gosto, como diz minha mãe. Em seguida, coloquei água o suficiente para cobrir tudo, e deixei cozinhar, acrescentando água quando necessário, até a batata ficar macia. Temperei com sal, pimenta e coloquei o cardamomo no meio do processo, depois que a água já havia evaporado um pouco. A cenoura eu cozinhei à parte, pois estava muito gelada e dura, fiquei com receio de não ficar macia o suficiente. Comidinha simples e gostosa! Aprovada com louvor. ;-)

agosto 21, 2008

Quem tem medo do Rosa?

Durante muito tempo o rosa esteve ausente da decoração, ou reservado aos ambientes infantis, em especial aos quartos das meninas. Muita gente enjoou da cor, ficando praticamente esquecida na última década. Mas por que esse preconceito com o rosa?
Eu confesso que já tive implicância: pra mim era uma cor difícil de combinar. Mas como acontece com os sabores, vamos refinando o paladar com o tempo e aproveitando o melhor que há em cada alimento. Aquilo que não é comum ao nosso paladar acaba sendo deixado de lado, quando poderíamos aprender a apreciar outros sabores, texturas... Assim funciona com as cores. Tem sempre aquelas com as quais nos afinamos mais, mas por que não tentar "treinar" nosso olhar para outras combinações, algo exóticas, mas não menos belas?

O rosa chegou na minha vida com um móvel anos 20 que ganhamos de uma tia, cujo tampo é feito de um lindo mármore rosa português, de um tipo que não existe mais... "Mas tinha de ser rosa?", pensei num primeiro momento, mas depois me apaixonei perdidamente por aquela pedra belíssima, que mostra, em seus veios, fósseis de árvores tão antigas quanto o próprio tempo. Comecei a pensar em combinações para esse tom e então já não mais desgosto da pincelada que minha sala receber dessa cor.
Curiosamente, comecei a notar apresença do rosa em várias matérias das revistas mais badaladas de decoração. A foto de capa do livro de decoração da Casa Claudia, por exemplo, é de uma produção de Maristela Gorayeb, cuja cor principal é - pasmem - o rosa! Com a tecnologia, hoje temos à disposiçao nuances mais queimadas, menos saturadas e, portanto, menos cansativas.
Diga aí: existe alguma cor que aprendeu a gostar?

Fotos: Getty Images, Living etc., Absolutely Beatuful Things.

agosto 18, 2008

Risoto rápido de camarão


Este final de semana queria fazer algo rápido e saboroso para a refeição principal. Sou apaixonada por frutos do mar, em especial por camarões: fritos, empanados, grelhados, em molhos, de todo jeito! Tinha um kilo no congelador e decidi de última hora fazer um risoto rápido, diferente das receitas tradicionais que costumo fazer, que levam arroz arbóreo ou carnaroli e exigem um pouco mais de esforço da cozinheira... rs Neste, usei o arroz comum, parboilizado, pois o arroz tipo 1 não funciona para fazer risoto, vira uma papa! Aproveitei para usar a panela de pedra que comprei numa viagem tempos atrás.

Ingredientes:
- 1 kg de camarões limpos;
- 2 xícaras de arroz parboilizado;
- 4 xícaras de água fervente (em torno disso, melhor ver na hora a necessidade);
- 1 cebola grande picada;
- 2 tomates (sem pele e sementes) picados;
- 1 colheres de sopa de extrato de tomate;
- 3 dentes de alho amassados;
- 2 colheres de sopa de azeite;
- 2 colheres de sopa de óleo de canola;
- salsa e cebolinha picadas;
- colorífico (a gosto);
- pimenta do reino;
- sumo de limão;
- sal a gosto.

Fiz assim. Temperei o camarão com sumo de limão, sal e pimenta do reino. Aqueci o azeite numa panela e deixei o camarão fritar. O interessante é não ficar mexendo muito, pois ele "chora" água. Acrescentei então a cebola e deixei dourar. Em seguida, juntei os tomates bem picadinhos (da próxima vez, vou usar o processador e juntar o purê) e o extrato de tomate, deixei apurar e reservei.

Na panela de pedra, comecei a fazer a minha receita comum de arroz. Coloquei o óleo de canola, o alho e o arroz, deixando fritar bem. Em seguida, coloquei duas xícaras de água e deixei cozinhar em fogo baixo. Pouco antes do fim do cozimento, misturei o molho de camarão ao arroz ainda molhado, acrescentanto o restante da água e deixando cozinhar até o ponto desejado. O arroz ficou macio, levemente umidecido e, para dar um pouco mais de cor, usei o colorífico. Por cima, salsa e cebolinha.

Confesso que senti falta de duas coisas e que da próxima vez vou usar: uma cenoura em cubinhos e um pouco de queijo parmesão ralado grosso por cima. Mas, ainda assim, esse arroz improvisado ficou divino. Aprovadíssimo!

agosto 13, 2008

Bolo de carne moída


Este prato é simples e saboroso. O preparo só não é tão rápido por conta do purê de aipim, mas ainda assim não é dos mais trabalhosos ou difíceis. Lembrei do casal de amigos, Beto e Monique, recém casados e ainda em fase de adaptação na cozinha, assim como eu! A gente chega tarde do trabalho, cansados, famintos e ainda temos que ter algo na geladeira para uma refeição rápida. Não dá pra complicar muito. Mas no final de semana, quando quero caprichar ou receber, opto por receitas como esta. Amiga, esta é facil, pode fazer com segurança para receber sua sogra que ela vai adorar! rsrs Beijo e me liga! ;-)

Ingredientes para a carne:
- 500g de carne moída;
- 2 dentes grandes de alho amassados;
- 1 cebola média picada;
- 1 tomate picadinho (sem a pele);
- 1/2 xícara de cheiro verde picado;
- 1 folha de louro;
- 1 colher (sopa) de extrato de tomate;
- 1 pitada de cominho ou pimenta do reino;
- sal a gosto.

Para o purê:
- 0,5 kg de aipim;
- 100g de creme de leite (1/2 caixinha - opcional, se quiser, pode fazer só com o leite);
- 1/2 xícara de leite (acrescentar até chegar ao ponto desejado para o purê);
- 2 colheres de sopa de manteiga;
- 2 colheres de sopa de requeijão;
- sal a gosto.

Faça primeiro a carne moída. Em uma panela média, doure a cebola picada e o alho amassado em um fio de óleo. A seguir, acrescente a carne moída aos poucos (em bolões) e vá mexendo a carne, misturando com o tempero. Tampe a panela por cerca de 1 minuto em fogo baixo. Junte o tomate, a folha de louro, o extrato de tomate, e os temperos que desejar, mexendo levemente. O tomate e a carne costumam liberar água, mas acrescente um pouco, não tenha sido o suficiente para o cozimento. Tampe novamente a panela por cinco minutos e, só então coloque o sal. Deixe cozinhar por mais 5 minutos com a panela tampada, prove e corrija o sal se necessário. Continue cozinhando em fogo baixo até que a água esteja quase totalmente evaporada, ficando praticamente apenas a carne na panela. Eu acrescento o cheiro verde nesta etapa, mas pode ser acrescentado antes, junto com os demais temperos. Mexa eventualmente.

Para o purê, cozinhe o aipim em água e sal. Ainda quente, use o espremedor de batatas para espremer ou leve ao liquidificador com o leite. Em seguida, leve o creme à panela com a manteiga, misturando bem até incorporar. Acrescente o leite e o creme de leite, aos poucos, mechendo sempre. Corrija o purê com leite até chegar numa textura nem muito firme, nem muito mole, cremosa. Acrescente as duas colheres de requeijão ao purê e corrija o sal, deixando apurar um pouco.

Numa travessa média, coloque uma camada de carne moída e uma de purê; ou uma de purê, a carne e outra de purê, como preferir. Rale queijo parmesão e cubra o purê, levando ao forno médio para gratinar. Servi com uma salada de alface, tomate cereja e palmitos.

agosto 03, 2008

Delícia de abacaxi


Eu sou apaixonada por esta sobremesa tão simples e tão incrivelmente gostosa. A combinação da acidez do abacaxi e do doce dos cremes faz a diferença. Para aqueles que não curtem sobremesas excessivamente doces (eu a-d-o-r-o, sou uma formiga assumida!), fica a dica. Fez sucesso após a feijoada.
Ingredientes:
Doce de abacaxi:
- 1 abacaxi cortado em cubos;
- um pouco de água (não muita pois o abacaxi solta um pouco de líquido); e
- 2 colheres de açúcar (não coloquei para justamente ficar mais "azedinho").
Creme:
- 1 lata de leite condensado;
- 1 lata de leite de vaca; e
- 3 gemas.
Cobertura:
- 3 claras batidas em neve;
- 3 colheres de sopa de açúcar;
- 1 lata (300g) de creme de leite (sem o soro, se for o fresco, melhor ainda).
Numa panela pequena, coloque os ingredientes do doce de abacaxi e deixe no fogo até ter o ponto de doce (a calda fica mais consistente). Deixe esfriar e coloque no refratário de tamanho médio.
Em seguida, prepare o creme, levando os ingredientes ao fogo até ficar homogêneo e levemente consistente (cuidado, o ponto não é o de brigadeiro!). Espere esfriar e coloque por cima do doce de abacaxi.
Para finalizar, bata as claras em neve (aqui, eu peferi usar a batedeira, pois faz diferença), vá acrescentando o açúcar aos poucos. Incorpore lentamente o creme de leite às claras em neve e distribua sobre o creme.
Leve ao refrigerador por pelo menos três horas e sirva gelado. Delícia!! :-D