fevereiro 24, 2008

Cuscus marroquino com tâmaras e damasco

Pra começar, não poderia deixar de postar aqui uma das delícias que me enchem a boca d`água: o couscous marroquino.

Amo a África, esse continente esquecido, tão tristemente desconhecido. Nosso Brasil tem mais dele em “suas veias” do que imaginamos. A África nos influenciou e nos ofereceu seu melhor: sua cultura, seus orixás, suas cores, seus sabores, sua gente.


O mais interessante é que o Marrocos, possível origem deste prato, é um país que carrega o sangue quente da África nas veias e a alma árabe em sua essência.

Tudo isso me fascina. Talvez porque eu seja uma Moreira, cujas raízes ancestrais me ligam diretamente aos mouros, povo árabe-berbere nômade, oriundo das regiões próximas à Península Ibérica. Minha bisavó paterna, contam os familiares, era de Bilbao, Espanha, região que esteve sob domínio mouro por muito tempo.

Mas só conheci este prato há poucos anos, nada na família me levou a ele. Uma amiga querida, Verena, cozinheira de mão cheia, contou minha relação de amor com o couscous em seu blog,
Mangia che te fa bene, minha eterna fonte de consulta.

Vê, você foi também uma das “musas inspiradoras” para a criação deste espaço aqui! Obrigada pelos e-mails, pelas dicas, pela amizade!

Como fiz uma quantidade razoável para o Natal, usei 2 xícaras de semolina para couscous, 1 xícara água (usei um pouco de um caldo de galinha que tinha congelado), um punhado de tâmaras picadas, um punhado de damascos picados e cebolinha à gosto. Pode ser servido com muitas combinações de alimentos, é fácil de fazer, rápido e saboroso. Quem se habilita?

Trivial, básico

Trivial – adj. Conhecido por todos; vulgar, comum, banal.

Básico - adj. Que serve de base;
fundamental.

O que pode ser comum, porém fundamental.

Amigos, este blog surgiu da inspiração de outros tantos diários eletrônicos que conheci por essas “bandas cybernéticas”.

Sem dúvida estou unindo a FOME com a vontade de COMER: o desejo é de reunir em um mesmo espaço as paixões pela culinária e pela decoração.

Devo confessar que o nome não foi daquelas idéias simples que, de quando em vez, invadem a mente.
Não, minha mente estava “grávida” de receitas e dicas, mas não de nomes para blogs.

Então pensei no meu desejo por simplicidade e também no nome de um curso de culinária que pensei em fazer alguns anos atrás, quando nem sonhava em ter minha casa e minha cozinha.

Algo trivial e básico deveria ser expresso no nome.
Por que não dar ESSE nome ao espaço?

O “trivial básico” desse cantinho será aquilo que me emociona, sobretudo. A idéia é dividir com vocês as receitas das comidinhas que estou aprendendo a fazer, as dicas de decoração que tanto me encantam e tudo mais que encontro nas andanças por esse mundo afora, tão fascinante.

Dedico esse espaço à minha mãe, Maria Luiza: a mulher que decora meu interior com seu exemplo, a “chef” que tempera minha vida com o amor mais sublime.

Abrindo os trabalhos

Laróyè!
Mojubá Elegbara!